domingo, 29 de novembro de 2015
MAS AFINAL: O QUE É UM MOTOCLUBE 1%ER OU OUTLAW?
Alguns MCs são chamados de 1%er (abreviação do inglês de one percenter, daí o 1% + er) ou outlaw bikers. O nome veio de uma das histórias mais manjadas do motociclismo, quando um grupo de motoqueiros fez arruaça em uma cidadezinha e a AMA (American Motorcyclist Association) correu para dizer ao público que 99% dos motociclistas respeitavam a lei. O pessoal da arruaça quis fazer graça com isso e passaram a se autointitular de 1%.
Pretendo explicar, neste post e em outros e que virão, mais sobre esses clubes e sobre sua subcultura, e as regras não escritas de respeito mútuo que existem entre os demais clubes e os 1%ers. Existe muito mito e desinformação, muito achismo, que já terminou até em briga, como foi o caso do cara que teve o seu colete da série Sons of Anarchy arrancado no meio de um encontro, ou do cidadão que se meteu no meio de um trem e foi escorraçado.
É um grande erro dos iniciantes em duas rodas (e até mesmo de alguns veteranos) de achar que esses clubes não existem mais, que eles são apenas coisa de filme. Na verdade, essa percepção se deve ao fato de que muitos desses MCs são extremamente discretos, e o silêncio é parte fundamental da existência deles. Após anos de perseguições nos EUA, por causa de envolvimento com crimes (supostos ou não), a postura de muitos deles mudou para algo mais low profile, e essa atitude se reflete em seus chapters em outros países, já que muitas forças policiais os qualificam como gangues.
Nos EUA, esses clubes são mais populares, já que as motos (especialmente as Harleys) sempre foram muito acessíveis, o que fez com que nunca faltasse motociclista disposto a ingressar neles. E graças a sua longa história e tradição, todos esses MCs tiveram muito tempo para se aperfeiçoar e angariar membros. Não é difícil cruzar com eles nas estradas americanas, em trens formados por dezenas de motos, chegando as centenas.
No Brasil, o processo desses MCs foi bem diferente. Eles começaram a surgir com força apenas nos anos 70, e o processo de crescimento deles foi muito mais lento, já que o motociclismo no Brasil se dividia entre quem tinha dinheiro e quem era apaixonado o suficiente para se virar de qualquer jeito, muitas vezes chegando a construir motos a partir de sucata. E por serem uma galera mais fechada, e também em menor número, não causavam na população a mesma impressão que os clubes de outros países.
A primeira coisa que você precisa entender sobre os membros desses clubes, é que eles possuem um enorme orgulho de fazer parte deles. É como uma família, um compromisso para a vida. Entrar não é (ou pelo menos não era) nada fácil. Você não bate na porta deles e pede pra fazer parte (apesar de que isso acontece bastante). Não é como muitos motoclubes ou motogrupos onde basta você comprar um patch para costurar na jaqueta e pronto. Para fazer parte de um MC 1%, há um longo processo onde você primeiro precisa ser convidado para andar com os caras (também chamado dehang around, parceiro ou camarada), para só depois de um tempo alguém decidir que você pode passar para o próximo estágio e se tornar um prospect, próspero ou PP.
Em tradição com a origem militar dos primeiros clubes, os prósperos seriam como os recrutas de um exército, sendo treinados e moldados antes de se tornarem um soldado. Eles ganham um colete com apenas uma parte do escudo ou patch do clube nas costas (mais uma vez, isso varia de clube para clube), e precisam ficar a disposição 24 horas por dia, 7 dias por semana, para qualquer coisa que sejam chamados. Geralmente ficam com as tarefas mais toscas e ingratas, como limpar a sede e cuidar das motos dos membros, mas alguns passam por coisas bem piores. A idéia é dar a chance deles provarem que o clube pode confiar neles cegamente, e avaliar se eles se encaixam na cultura do MC. Esse período não tem prazo para acabar, podem ser apenas seis meses, mas também pode levar até dois anos até o grupo decidir que o prospect merece fazer parte do clube. Se aceito, ele vai se tornar um escudo fechado ou full patch.
Um pouco mais sobre Hollister e o surgimento dos MCs 1%
A AMA (American Motorcycle Association) foi fundada em 1924 como um braço organizador dos fabricantes de motocicletas e também foi apoiada pelos fabricantes de motocicletas principalmente para promover a motocicleta na América.
Eles sancionaram grupos de pilotos da mesma área, que andavam de moto juntos, como "clubes". Alguns usavam trajes completos combinando com o nome de seu moto clube costurado nas costas de suas camisas e jaquetas.
Em eventos, a AMA deu prêmios para o clube mais bem vestido, de modo que este foi o início de manchas (patchs) de moto clube.
Em 1947, na 4 ª semana de julho, ocorreu o evento de turismo Gypsy AMA na cidade de Hollister, CA, organizado pela Salinas Ramblers MC (AMA clube) e a Hollister Veterans Memorial Park Association.
O calendário de eventos exigia uma subida de montanha no Lavignino Ranch na sexta-feira 4. No sábado 5, de corrida lenta e passeio prancha. Prêmios e troféus foram entregues e naquela noite um jantar com dança ocorreria no Auditório Memorial. (Engraçado como algumas coisas permanecem as mesmas, parece que a maioria dos eventos de motociclismo, não é?) No domingo 6, foi o grande AMA, com pista de corrida plana e uma bolsa de US $ 1.200.
Em algum lugar no bairro de 3.000 a 4.000 motociclistas chegaram para participar deste evento. Isso era muito mais do que qualquer um esperava, incluindo os organizadores do evento. Não o suficiente de tudo existiam regras.
Os acampamentos estavam cheios na quinta-feira, com espaço apenas para que as pessoas apenas jogassem seus sacos de dormir em quaisquer lugares, sempre que podiam, isto incluindo nas calçadas.
O problema começou na noite de sábado, quando o jantar e dança estava cheio. Foi planejada apenas para os membros esperados da AMA clube e não os 3000 extras que apareceram. Eles foram rejeitados na porta com pedidos de "desculpe, você está por sua conta!". Assim, a multidão dirigiu-se para San Benito St. onde todos os bares e restaurantes foram abertos.
OK, eu não me importo quem você é, mas colocar 3.000 pessoas putas juntas, com uma grande quantidade de álcool, não importa o quê, certamente vai ser um problema! E lá estava .... Não é ruim, provavelmente não é pior do que qualquer evento de motociclismo moderno como Bikeweek em Daytona. Foi apenas uma grande surpresa, ninguém estava preparado para isso. Inferno, o meu palpite é que a polícia em Daytona estava dormindo, se tudo o que tinham para lidar com 3000 bêbados eram uns poucos policias? Enfim, a parte muito ruim da confusão foi um cara chamado CI Dourghty Jr. Ele era um repórter do jornal San Francisco Chronicle. Esse cara construiu fotos falsas e bombeou a cada pequeno incidente como sendo dos mais importantes. Ele, juntamente com os policiais responsáveis encenou a imagem falsa do policial com o lançador de gás lacrimogêneo e, claro, a mais famosa de todas as imagens, a do motociclista bêbado em sua motocicleta com garrafas de cerveja ao redor. E, claro, os policiais agitaram-se como salvadores da cidade ... Com Dourghty instando-os dizendo "Tenho certeza".
Na realidade, o que os policiais fizeram foi muito inteligente. Eles invadiram o baile de dança da AMA e pegaram a banda. Arrastou-os para San Benito St. na traseira de um caminhão e os jogou para a multidão. Em seguida, cortaram o fluxo de álcool. By the way, os bares pararam de servir cerveja, dizendo a todos que eles estavam sem, então as coisas ficaram difíceis. Eles estavam realmente sem bebida, ou estavam vendendo o licor mais caro apenas para obter mais lucro? O problema terminou quase que instantaneamente. Ainda assim, tudo bateu no ventilador para a AMA, quando os jornais de todo o país correram as histórias da noite de inferno em Hollister.
As manchetes dos jornais apareceram dizendo que a polícia local estava em grande desvantagem e um tumulto começou quando um grupo de motociclistas tentaram fazer a liberação de um dos seus membros que havia sido preso. Na verdade um membro da Booze Fighters Motorcycle Club. Era uma notícia exagerada e que mais tarde foi transformada em um filme chamado "The Wild Ones",
Logo após a AMA escreveu um artigo em sua revista, dizendo que "99% de todos os seus membros são cidadãos cumpridores da lei e apenas 1% são" fora da lei"”. Isso, então, começou o que hoje é conhecido como “Outlaw Motorcycle Clubs” e “um por cento”.
Os clubes que não foram sancionados pela AMA e não-membros da AMA foram proibidos de participar de eventos da AMA.
Para designar-se como um clube de fora da lei a todos os outros clubes, o “um por cento” cortou seus patches do clube em três partes distintas. O letreiro no topo era o nome do clube, o centro era o emblema do clube, e o letreiro no fundo era o local a partir de onde vieram. Estes clubes foras da lei criaram seus próprios eventos e festas e fez o oposto do que a AMA estava fazendo. Não havia prêmios de Melhor Vestimenta, eles "cortavam" para baixo suas motocicletas para irem mais rápidas e serem vistos de forma diferente, andavam sem silenciadores, eles iam beber e fazer outras coisas "selvagens". Tal é a história.
O termo "cores" é usado em referência ao patch de uma motocicleta dos clubes. No caso de uma parte 3, um é colocado sobre o topo do gráfico/desenho, grande mancha secundária, e um colocado por debaixo dele. Os "letreiros" são normalmente barras curvas com a barra superior designando o nome do clube e a barra inferior designando a localização do clube. Os dois letreiros são separados no meio, o maior é o patch de tipo gráfico, daí o termo correção de três peças.
Moto clubes são diferentes das organizações de motociclismo, como tradicionalmente tem tempo "prospecção" necessária antes de os membros do clube decidirem se o indivíduo vai ser aceito no grupo e receber permissão para usar ou "voar" com as "cores" do grupo. A maioria dos clubes com "cores" também terá M / C impressa na jaqueta ou um patch separado como um "cubo" com MC sobre ele para apresentá-lo mais como um clube, em vez de uma organização.
Muitas organizações nacionais no início dos anos 1980 fizeram uma tentativa para unir as "jaquetas” com o seu patch para torná-lo uma peça para evitar qualquer designação ou confusão dentro da comunidade motociclismo clube.
HOG (Harley Owners Group) é um exemplo.
A organização interna típica de um moto clube é composto por um presidente, vice-presidente, tesoureiro, secretário, capitão de estrada e sargento-de-armas. Grupos localizados de um único e grande MC são chamados capítulos ou facções, e o primeiro capítulo estabelecido para um MC é referido como o capítulo mãe. O presidente do capítulo mãe serve como o presidente de todo o MC, e define a política do clube em uma variedade de questões.
Fonte: http://origemmotoclube.blogspot.com.br/2013/08/um-pouco-sobre-o-surgimento-dos-mc-nos.html
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
CONHECENDO O MOTOCICLISMO: Colete e Brasão, usar sempre?
Depois de alguns bons anos de motoclubismo, nos deparamos discutindo sobre quando, como e onde usar o colete com o brasão do moto clube ou moto grupo e confessamos nossa surpresa ao constatar o quanto as opiniões são divergentes.
Por óbvio, e até para provocar alguma discussão, vamos aqui defender o nosso ponto de vista, respeitando, obviamente, as opiniões e posições contrárias. Lembremos inicialmente, qual é a finalidade do uso de um brasão, escudo ou cores de um moto clube ou grupo.
Estes, meus caros leitores, têm a finalidade de distinguir a instituição moto clube, perante a coletividade, de maneira a permitir que todos os integrantes sejam identificados. Não é uma mera camiseta, com um emblema nela estampado, que faz de seu usuário um integrante de MC ou MG.
O brasão é uma bandeira que cada um carrega e que deve ser honrada e usada com respeito. É o nome de todas as pessoas que compõe o grupo, que está ali traduzido num emblema. Tanto é verdade que quando há algum episódio envolvendo algum componente de MC, o que mais se destaca é o clube ao qual o motociclista pertence.
O brasão a que aqui nos referimos, não é apenas um símbolo sem significado ou história, que na atualidade qualquer pessoa pode adquirir pela Internet e sair “fantasiado” de integrante de moto clube.
O brasão deve ser conquistado a custa de dedicação, mudança de comportamento, aprendizado e respeito a si, ao próximo e, principalmente, aos “irmãos” de brasão. Para se adquirir estas qualidades é necessário tempo e dedicação e é por este motivo que a maioria dos MC’s, adotam a figura dos “meio patch”, que são os motociclistas em fase de “treinamento” e adaptação.
Mas, voltando ao tema, o colete com o brasão deve ser usado o tempo todo em que o integrante estiver sobre sua moto e nas reuniões de motociclistas? Quando estão isentos de seu uso?
A questão que parece simples se complica porque as opiniões se divergem. Com todo o respeito, acreditamos que na sede do seu moto clube o integrante não deve estar obrigado á sua utilização, até porque tem o colete e brasão a finalidade de identificar o MC do motociclista e em sua sede isso não é necessário.
Obrigar um integrante que vem direto do escritório, vestido de paletó e gravata a vestir sobre ele o colete é ridicularizar o próprio MC, pela perda do bom senso. Da mesma forma, entendemos que impedir um integrante de ingressar na sede de seu MC, que ele ajuda a manter ser um absurdo.
De toda a forma, uma coisa é certa: Deve haver regras internas em cada MC, quanto ao uso dos coletes e brasões e que fique esclarecido que o brasão pertence ao moto clube e não ao integrante, que, quando o receber deve assinar um termo de uso e comprometer-se a devolvê-lo tão logo lhe seja solicitado.
A quantia eventualmente paga no recebimento do dístico, em verdade é uma caução pelo uso do brasão, que deve ser devolvida, por ocasião de sua devolução. Só assim os conflitos serão minimizados. Ta dito!
Fonte: http://www.motociclismosc.com.br/materias_mostra.php?materia=2&mostra=3
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
domingo, 15 de novembro de 2015
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
CONHECENDO O MOTOCICLISMO: COLETES PARA ANDAR DE MOTO
No início da era do motociclismo, os primeiros MCs, do jeito como os conhecemos hoje, eram formados por veteranos do exército que usavam o mesmo tipo de identificação com a qual eles estavam acostumados durante a Segunda Guerra Mundial: jaquetas de couro com pinturas indicando o seu esquadrão, inspiradas na nose art das aeronaves.
Por muito tempo a jaqueta de couro serviu dois propósitos: identificar o motoclube da qual o dono fazia parte e se proteger dos inevitáveis tombos, já que os pioneiros eram chegados em corridas e não existe nada melhor do que o couro para salvar nossa pele. O personagem do Marlon Brando ilustra bem isso com sua jaqueta do Black Rebels Motorcycle Club:
A razão de se trocar as jaquetas pelos coletes de couro ou jeans, nunca ficou clara. Mas existem algumas teorias:
Alguns acreditam que é mais uma das influências do mito do cowboy. Os vaqueiros americanos costumavam usar coletes de couro para proteger o peito do frio, mas de forma a deixar os braços livres para se movimentarem e cavalgarem melhor.
Outros, como eu, acreditam que os coletes também foram a maneira encontrada de se mostrar o logo do clube tanto no calor como no frio, já que os primeiros grandes MCs surgiram na ensolarada Califórnia. Um colete jeans, por exemplo, pode ser usado tanto sobre uma camiseta quanto sobre uma jaqueta de couro, e você continua mostrando as cores do seu clube em ambas situações.
Sem falar que existe um motivo muito prático para os coletes fazerem tanto sucesso entre quem anda de moto, e que vai muito além da imagem dos motoclubes: bolsos e mais bolsos. Não tem jeito melhor de carregar as pequenas coisas do dia a dia do que nos bolsos de um colete.
E aí sempre surge aquela velha discussão: mesmo não sendo de um MC, posso usar um colete? Claro que pode.
Você é livre pra fazer o que quiser, desde que não provoque ninguém, como por exemplo imitar o logo de um MC existente, ou usar adereços de clubes 1%er se você não faz parte deles. Afinal, esses caras suaram para conquistarem seus escudos e não estão afim de ver qualquer um ostentando esses ícones. É o mesmo sentimento de quem serviu o exército tem com o pessoal que usa adereços de “moda militar”, mas com a diferença de que um ex-militar dificilmente vai te parar na rua para tirar satisfação.
Eu e o resto da galera que escreve sobre motociclismo na internet, estamos avisando há tempos como as coisas funcionam, e as pessoas tendem a achar que isso é nossa opinião, com os comentários sempre terminando naquele mimimi de “eu posso fazer o que eu quiser”.
Acontece que isso não é nossa opinião, é um fato. As coisas variam de estado pra estado, e de clube pra clube, mas no geral são como a gente costuma explicar. E todos nós andamos com membros de clubes, temos grandes amigos neles e, em nome dessa amizade, tentamos ensinar como as coisas são para evitar problemas para ambos os lados. Nosso objetivo sempre foi divulgar mais da cultura motociclística, evitar problemas para quem está chegando e respeitar os que vieram antes de nós e abriram caminho.
Fonte: http://olddogcycles.com/2014/12/a-origem-das-coisas-coletes-para-andar-de-moto.html
domingo, 8 de novembro de 2015
WeBastardos - Benemérito
Nós aqui no SKROMG também temos nossos membros beneméritos e estes são de grande importância para o desenvolvimento do Grupo.
10 COISAS QUE NUNCA SE DEVE DIZER A UMA MULHER MOTOCICLISTA
Ao contrário do que muita gente pensa, no mundo das motos, as mulheres têm grande importância. Cada vez mais elas estão saindo da garupa para assumir o controle das máquinas. E isso é muito bom! Porque ressalta a força das mulheres e dá mais sensibilidade às estradas.
Mas tem gente que ainda não entende bem essa relação entre mulheres e as motos. Muitas vezes, elas precisam ouvir alguns comentários desnecessários, como se elas não pertencessem a esse mundo.
Se você já ouviu alguns desses comentários, sabe como é! Infelizmente existe aqueles que têm preconceito. Mas nada como ouvir boas verdades de quem entende do assunto. Encontramos um excelente vídeo da Carol Hunka, autora do blog Opção C e colunista do site Mulheres de Moto.
Ela comenta uma lista com 10 coisas que nunca se deve dizer ou perguntar a uma mulher motociclista, com ótimos e muito divertidos argumentos para rebater essas visões distorcidas.
1. AI, MOTO É TÃO PERIGOSO… POR QUE VOCÊ NÃO VAI DE CARRO?
Na verdade, motociclistas têm a mesma chance de sofrer um acidente que alguém que esteja andando de carro ou de ônibus. Existem equipamentos de segurança para diminuir os riscos em todos os tipos de veículos – inclusive nas motos.
2. MOTO É TÃO DESCONFORTÁVEL, NÉ? NÃO SERIA MELHOR IR DE CARRO?
Quem acha que moto é desconfortável, é porque não conhece do assunto. Já existem motos com banco cela, aquecedor de manopla, ar condicionado e muito mais para garantir total conforto durante o trajeto.
3. VOCÊ NÃO TEM MEDO DE ANDAR DE MOTO?
Se alguém gosta de andar de moto, é claro que não sente medo, e sim muito prazer em rodar sobre duas rodas. Cada um tem seu gosto, sua paixão. O seu, pode ser carros, mas o nosso, são as motos! Apenas aceite.
4. OLHA, VOCÊ JÁ NÃO TEM MAIS IDADE PARA ANDAR DE MOTO.
Existe idade limite para tirar a carteira de motorista. Agora, não existe nenhuma lei que estabeleça que, a partir de determinada idade, não se pode andar com certo modelo de veículo. Aliás, quanto mais madura a pessoa, mais sabedoria ela tem para aproveitar a vida em duas rodas. Além disso, o espírito aventureiro jamais envelhece.
5. NOSSA, ESTÁ TÃO FRIO PARA SAIR DE MOTO. POR QUE VOCÊ NÃO VAI DE CARRO?
Porque andar de moto não é sinônimo de passar frio. Já existe diversos acessórios para proteger do clima. Inclusive alguns especialmente feito para as mulheres.
6. COMO É QUE VOCÊ DÁ CONTA DE UMA MOTO TÃO PESADA?
Bom, ninguém dá conta de levantar um carro, certo? Mas nem por isso deixam de andar. É o veículo que leva as pessoas, e não o contrário. Com a moto, é igual!
7. VOCÊ É TÃO BONITA, PENA QUE ANDA DE MOTO…
Essa frase é dura de ouvir, hein? Onde está escrito que para andar de moto precisa ser feia? Aliás, nada mais belo que uma mulher de atitude, que não tem medo de ser ela mesmo e de enfrentar os padrões estabelecidos pela sociedade. Isso sim é beleza de verdade.
8. VOCÊ JÁ TEM FILHOS, NÃO DEVERIA ANDAR DE MOTO!
Dificilmente alguém irá falar isso para um motociclista que é pai. Por que então achar que o fato de ser mãe impede uma mulher de seguir sua paixão pela aventura? Quanto mais feliz e segura de si mesmo, melhor exemplo e mãe ela será!
9. VAI DE MOTO? TENHA CUIDADO, HEIN!
É preciso tomar cuidado nas estradas em qualquer tipo de veículo. Direção segura e consciente deve ser pregada a todos os motoristas. Se vai dizer a uma motociclista que ela deve tomar cuidado, então diga o mesmo para quem está saindo de carro – seja mulher ou homem.
10. MULHER É TÃO DELICADA, NÃO COMBINA COM MOTO.
Aí é que as pessoas se enganam! As mulheres podem ser delicadas, mas isso não significa que elas são fracas, incapazes. Elas são tão fortes e capazes de dirigir uma moto como qualquer homem. A mulher é justamente como uma moto, só mostra sua força e potência na hora certa.
Gostou da lista e dos argumentos para rebater esses absurdos? Você, já ouviu algumas dessas frases? Qual foi a coisa mais sem noção que alguém já disse para você só porque é uma mulher e gosta de motos? Deixe um comentário aqui contando a sua experiência.
E se você é homem e valoriza as mulheres na estrada, deixe sua mensagem de apoio!
Fonte: http://blog.htmototurismo.com.br/10-coisas-que-nunca-se-deve-dizer-a-uma-mulher-motociclista/
domingo, 1 de novembro de 2015
Sons of Anarchy e a briga com os Moto Clubes no Brasil
Comecei a assistir Sons of Anarchy esses dias e estou gostando. A série, que está passando na Netflix, conta a história de um MC (motoclube) americano, chamado Sons of Anarchy, que são uma facção criminosa poderosa na cidade fictícia de Charming, Califórnia.
Sons of Anarchy é a típica série que os valores são invertidos e acabamos torcendo para os bandidos (hello Breaking Bad). Os integrantes da SAMCRO (Sons of Anarchy MC, Redwood Original) são os estereótipos dos Bad Guys onde exigem respeito dos moradores e da polícia. Em vários momentos até fazem papel da policia, ganhando assim muito mais respeito, e medo, da população.
Resumindo o que é Sons of Anarchy: uma milícia, iguais das nossas favelas, onde os integrantes pilotam Harley-Davidson, usam colete de couro e são loiros de olhos azuis.
Porém algo idiota está ocorrendo aqui no Brasil por causa de Sons of Anarchy. Uma seguidora, a Fernanda Nycia, relatou sobre o efeito de Sons of Anarchy em alguns motociclistas.
“Faço parte de um Motoclube (MC) há 5 anos, Lenhadores do Asfalto, no qual possui estatuto registrado em cartório e um regimento interno onde seguimos regras e obedecemos uma hierarquia.
Para ser um integrante de um Motoclube é necessário e imprescindível seguir as regras do próprio Motoclube. São inúmeras e variadas, porém o que vale para um MC, não vale para outro. Segue alguns exemplos: Respeito à Hierarquia (Presidente, Vice-Presidente, Secretário, Tesoureiro, Escudo Fechado, Meio Escudo, PP (Pretendente à Participante ou Pouca Prática) e Aspirante, Respeito às regras de Trânsito, Respeito às regras do Encontro e/ou Motoclube Sediador do Evento.
Em caso de problemas com outro Motoclube reportar-se ao seu Presidente, para que este resolva com o Presidente do outro Motoclube (integrante não resolve nada com outro integrante).
Em estrada respeitar o ordenamento do comboio,
Responder as convocações, apresentando justificativa em caso de negativa/ausência. Obrigatoriedade de comparecimento aos Encontros de Calendário Fixo, com possibilidade de aplicação de punições ou sansões.
Independente das diferenças entre MCs todos seguem confraternizando sem maiores problemas. Mas nos últimos anos, desde que a série Sons of Anarchy foi lançada, ouvimos que muitos integrantes deixaram seus Motoclubes por que querem “viver como os caras da série”… sem lei, sem rumo, causando briga, delitos e discórdias entre outros os Motoclubes. Os nomes e codinomes dos integrantes desgarrados são sabidos e repassados pelo meio. É a conduta normal de todo Motoclube avisar aos irmãos que os integrantes em questão foram desleais e, se caso forem procurados, que fiquem atentos.
Pois bem, nem isso tem ocorrido.
Muitos que se dizem do Motoclube “Sons of Anarchy” são encontrados com coletes de escudos fechado, que dependendo do Motoclube demora-se até 10 anos para recebê-lo.
A sequência natural para se tornar integrante de qualquer Motoclube é: PP (Pouca Prática), Meio-Escudo e Escudo Fechado. Muitos integrantes não aguentam esperar pelo tempo definido pelo Motoclubes, tão pouco passar pelos sacrifícios que requer o próximo título, que é dado por confiança e merecimento.
Motociclistas de Motoclubes Oficias, em sua absurda maioria, seguem as leis de trânsito. Você jamais verá um motociclista encoletado sem capacete, ultrapassando a velocidade permitida na estrada. Para um Motociclista o importante é o percurso e não o tempo que se demora para chegar ao local escolhido. A propósito, quanto mais tempo demorar, melhor!
Os Sons of Anarchy que se encontram pelo país, na sua maioria, promovem arruaças, brigas em encontros oficiais, vendem drogas, assaltam etc. Viram a série e sequer sabem de onde foi inspirada. Já tive a oportunidade de encontrar 4 rapazes, andando em um shopping com o colete parecido com o que os atores usam na série, desfilando pelos corredores e assustando quem passava. Coisa de criança, apenas para assustar mesmo.
Infelizmente estão mostrando no mundo fora da tv que Motociclistas são marginais e que não possuem respeito com as pessoas, o que é COMPLETAMENTE errado.
Quando você participa de um Encontro Oficial, de Motocliclistas Oficiais, você faz a inscrição no evento, muitos possuem famílias que acampam com suas esposas/maridos e filhos…ou seja; somos a união de uma grande família prezando pelo mesmo amor: Amor ao Motociclismo.”
Fernanda Nycia
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O mais engraçado é que por mais forte seja o nome da série, Sons of Anarchy (filhos da anarquia), eles estão longe de fazerem anarquia. Existem regras, condutas, hierarquia e até mesmo ajudam a sociedade em bazares beneficentes e tal. Isso pode mudar? Não sei e não me fale pois ainda estou no começo da série. Enfim.
E pelo relato da Fernanda Nycia, os Sons of Anarchy genéricos aqui do Brasil apenas apropriaram do nome e acham que são os Bad Boys sobre rodas.
Hoje os Motoclubes são familiares! Amigos que se encontram para andar de moto pela cidade ou pelas estradas promovendo eventos onde predomina a amizade e o companheirismo. Triste saber que uma série boa (sim, é muito boa e estou gostando demais) possa influenciar de uma maneira tão negativa algumas pessoas que se acham motociclistas e não passam de uns idiotas que iriam fazer merda de qualquer maneira e usariam ainda qualquer pretexto para isso.
Fonte: Nerdpai.com
Texto retirado de: http://comando-do-asfalto.blogspot.com.br/2014/09/sons-of-anarchy-e-briga-com-os.html
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